Em 20 de outubro, o mundo do rock se prepara para o lançamento do novo álbum dos Rolling Stones, intitulado “Hackney Diamonds”. Um dos grandes destaques é a presença de dois bateristas no álbum.

Por quase seis décadas, Charlie Watts foi o pulsar rítmico dos Rolling Stones. Desde sua entrada em 1963, poucos meses após o primeiro show da banda, sua presença foi inabalável. Watts não era apenas um baterista; era o coração da banda. Com sua partida em 2021, Mick Jagger expressou que o grupo havia perdido seu “coração”.

Watts era mais do que apenas um músico talentoso. Mick Jagger relembrou sua confiabilidade e sutileza, destacando seu amor pelo jazz. Essa paixão trouxe uma dimensão única ao seu estilo, combinando a essência do jazz com a firmeza do rock. Mesmo após sua morte, seu legado persistirá, com sua bateria presente em duas faixas do novo álbum: “Mess It Up” e “Live by the Sword”.

O desafio de substituir Watts surgiu quando ele adoeceu em 2021, pouco antes da turnê da banda. Foi então que Steve Jordan, amigo próximo de Watts, foi escolhido por ele para assumir a bateria. Após a morte de Watts, Jordan continuou, tornando-se a escolha natural para o novo álbum, embora não seja oficialmente um membro da banda. Keith Richards expressou sua gratidão por ter Jordan, especialmente considerando que foi a própria recomendação de Watts.

Steve Jordan, com seu vasto currículo no mundo da música, trabalhou ao lado de ícones como Stevie Nicks, Eric Clapton, Bob Dylan e Neil Young. Seu talento pode ser ouvido em quase todas as faixas de “Hackney Diamonds”.

É interessante notar que, ao longo de sua trajetória, os Rolling Stones raramente contaram com outros bateristas. Jimmy Miller e Kenney Jones são exceções, tendo contribuído em momentos específicos da carreira da banda. Miller, produtor de diversos álbuns icônicos dos Stones, ocasionalmente sentou-se atrás da bateria, enquanto Jones marcou presença no hit de 1974 “It’s Only Rock ‘n Roll (But I Like It)”, antes de se juntar ao The Who.