A notícia da morte da cantora canadense Nell Smith, de apenas 17 anos, gerou uma onda de comoção e pesar no meio musical. Nell, que ganhou fama ao lado da banda The Flaming Lips com um álbum repleto de reinterpretações das músicas de Nick Cave, deixará saudades entre fãs e colegas que acompanharam sua trajetória única e promissora.
Em uma postagem no Instagram, a família de Nell compartilhou o anúncio da tragédia: “É com profunda dor que comunicamos que nossa filha corajosa e talentosa foi tirada de nós na noite de sábado. Ela trouxe luz para nossas vidas e deixou uma marca única no mundo, mas agora temos que lidar com essa ausência insuportável”, diz o comunicado. Os pais pediram respeito à privacidade e reforçaram a importância do apoio durante este momento difícil.
Simon Raymonde, CEO da gravadora Bella Union, que estava trabalhando no lançamento do primeiro álbum solo da cantora previsto para 2025, lamentou publicamente a perda: “Estamos todos devastados. Nell era uma artista excepcional e uma amiga querida. Sua partida tão precoce é algo com que não sabemos como lidar.”
A relação de Nell com a banda The Flaming Lips começou de forma inusitada em 2018, quando ela, então com 12 anos, foi a um show da banda usando uma fantasia de papagaio. A criatividade e o entusiasmo da jovem chamaram a atenção do vocalista Wayne Coyne, que passou a incentivá-la na música. A conexão entre eles cresceu, culminando na produção de um álbum de covers de Nick Cave durante a pandemia.
Durante um show, Coyne emocionou-se ao lembrar da parceria com Nell. “Ela era nossa amiga canadense, e criamos juntos um álbum maravilhoso com músicas de Ni
ck Cave. Hoje recebemos a triste notícia de sua partida em um acidente de carro. A música nos lembra da fragilidade da vida e do poder de estar perto de quem amamos”, declarou o vocalista, visivelmente comovido.
Ainda sem confirmação sobre a causa exata da morte, a partida de Nell deixa uma lacuna no mundo artístico. A jovem, além de talentosa, era vista como uma artista visionária e uma promessa para o futuro da música independente.