Ir a um show no Morumbi é sempre uma experiência marcante para quem ama música ao vivo. Mas, como quem já foi a alguns shows por lá, posso dizer que o estádio tem suas particularidades – e algumas delas podem exigir um pouco de paciência. Aqui, compartilho minha experiência pessoal nos shows do Bruno Mars e Red Hot Chili Peppers, destacando o que realmente faz diferença no dia do evento.
1. Estacionamento: Caro e Difícil de Achar
Se você vai de carro ao Morumbi, prepare-se para uma aventura em busca de vaga. Quando fui ver o Bruno Mars, achei bem complicado. Há poucas opções de estacionamento próximo e, nas ruas, os flanelinhas dominam, cobrando preços exorbitantes – cheguei a ouvir R$ 200 de um deles! Isso me fez procurar o estacionamento do Hospital Albert Einstein, que o próprio site do Morumbi recomenda, mas, para minha surpresa, estava fechado. Ou seja, é uma opção que pode até funcionar em outros dias, mas no show do Bruno não estava disponível. Então, vale a pena checar bem antes para não contar com ele e acabar frustrado na última hora. Optamos no Bruno Mars estacionar na Rua Combatentes do Gueto, cerca de 800 metros do estádio (uma subida na volta), mas sem ter que pagar os flanelas.
2. Saída do Estádio: Caótica para Pista Comum, Melhor para Pista Premium
A saída também foi uma experiência bem diferente dependendo da área onde fiquei. No show do Red Hot Chili Peppers, onde estava na pista comum, a saída foi meio caótica. O estádio tem poucas saídas para tanta gente, e o empurra-empurra para conseguir sair a pé foi real – parecia que todo mundo tentava passar ao mesmo tempo e não tinha muito como escapar.
Já no show do Bruno Mars, comprei pista premium e a saída foi bem mais organizada. A dispersão do público foi mais tranquila e me senti muito mais confortável. Fiquei com a sensação de que há uma organização um pouco melhor para o público premium, o que ajudou a experiência a ser mais agradável.
3. Banheiros na Pista Premium: Cadê o Conforto?
Uma coisa que realmente senti falta na pista premium foram banheiros fixos, como vemos no Allianz Parque. No Morumbi, mesmo na área premium, só tinha banheiro químico – o que quebra o galho, mas está longe de ser ideal. Como o estádio é mais antigo, entendo a dificuldade de reforma, mas, para um público que paga mais, essa estrutura deixa a desejar. Quem já foi ao Allianz sabe que lá temos banheiros de verdade, e isso faz bastante diferença para quem busca conforto em eventos longos.
4. Visão do Palco nas Arquibancadas: Pista de Atletismo Aumenta a Distância
Eu nunca assisti a um show nas arquibancadas do Morumbi, mas conversando com amigos que já foram, entendi que a visão não é das melhores. A pista de atletismo que cerca o gramado aumenta a distância do palco, deixando quem está nas arquibancadas um pouco mais longe. No Allianz, a proximidade é maior e a estrutura facilita que todos fiquem mais perto do palco, proporcionando uma experiência mais intensa para quem está nas cadeiras.
5. Comparação com o Allianz Parque: Facilidade do Shopping Bourbon
Outro ponto que acho importante é o estacionamento próximo. No Allianz, dá para usar o estacionamento do Shopping Bourbon, que fica ao lado, com toda a segurança e praticidade que só um shopping oferece. No Morumbi, não temos nada parecido, então é preciso se preparar para essa questão ou considerar ir de transporte público para evitar o estresse.
Conclusão: Vale a Pena ir a um Show no Morumbi?
Ir a um show no Morumbi ainda é uma experiência incrível, especialmente pelo clima que o estádio traz. Mas, se você busca uma experiência mais prática e confortável, precisa se preparar para alguns desafios, como estacionamento e estrutura de saída. Para quem está acostumado com o Allianz Parque, o Morumbi pode parecer um pouco menos organizado e prático, mas a energia dos shows e a grandiosidade do local ainda são especiais.
Minha dica para quem pretende ir a um próximo evento por lá é considerar opções de transporte público ou planejar bem o estacionamento. E, claro, prepare-se para uma experiência única, com algumas adaptações que podem fazer toda a diferença no final.