De acordo com um novo livro, o ex-vocalista do AC/DC, Bon Scott, quase foi despedido do grupo em 1975, após chegar perto da morte em uma overdose de heroína.
Com tantas separações, reuniões, alinhamentos de formação e trágicas mortes acontecendo com o passar dos anos, há poucas bênçãos na história do rock clássico, mas Scott assegurar sua posição como vocalista do AC/DC até sua morte, em 1980, com certeza é uma delas.
Ao menos até recentemente, quando fontes confiáveis e diversas como Clinton Walker, autor da biografia de Scott, “Highway to Hell”, e o baixista Mark Evans, afastado nos primórdios, começarem a revirar na cuidadosamente ensaiada história oficial da banda.
Evans, em particular, obteve uma rara visão das políticas internas do AC/DC e do papel dominante dos irmãos Young dentro desta organização, durante sua estadia de três anos no grupo, e então compartilhou tudo isto em sua aclamada biografia de 2011, “Dirty Deeds: My Life Inside/Outside of AC/DC”.
Mas como revelou Evans (e como citado no The Australian) em um novo livro de Jesse Fink: “The Youngs: The Brothers Who Built AC/DC”, nem mesmo o frontman e co-compositor, Bon Scott, era totalmente insubstituível – não até sua morte e como foi provada pela bem sucedida integração de Brian Johnson no grupo, não até o começo da banda e sua inexorável escalada para o estrelato.
Foi durante um período incerto, que Evans alega que Scott quase conheceu o criador, e quase recebeu sua demissão, após sofrer uma overdose acidental de heroína em 1975. Este evento, de forma até compreensível, levantou preocupações sobre sua confiabilidade na busca dos objetivos de carreira do AC/DC.
Como Evans relata a Fink: “Tudo foi mantido dentro da casa. Foi algo que foi filtrado dentro da banda: que as coisas não estavam indo bem para Bon. Houve menções sobre outro vocalista, mas nunca chegamos a este ponto.”
Felizmente o talento de Scott lhe concedeu outra chance e enquanto esta sua predisposição por desventuras finalmente levaram à sua morte, cinco anos depois (e estão aparecendo crescentes evidências sugerindo que heroína – não o álcool, como há muito é afirmado – seja a culpada disto também), o resto já é história.
Por Eduardo Rivadavia
Fonte: Whiplash