Dom Lawson, editor da revista Metal Hammer, escreveu em 2009 em seu blog um artigo onde ele compara MEGADETH e METALLICA e aponta os fatos que, segundo ele, comprovam o motivo de uma banda ser superior à outra.

Leia o artigo inteiro abaixo.

Data: 15/07/2009
Escrito por: Dom Lawson (Metal Hammer)

Sim, isso mesmo. Você ouviu. Megadeth é melhor do que o Metallica. Sempre foi, sempre será. Não é questão de opinião. É um fato. Um grande, gritante e claro fato que estou prestes a enfiar na sua cabeça, enquanto solto o refrão de Train Of Consequences pelo meu nariz. Eu até pinto meu cabelo de ruivo para enfatizar meu ponto. Sim, isso mesmo. Megadeth é melhor do que Metallica. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!! Apenas leia e cale a boca, seu idiota.

1. ÁLBUNS CLÁSSICOS

Vamos fazer isto utiliando o poder da matemática. Ignorando álbuns ao vivo e coletâneas (nas quais eu voltarei mais tarde), Metallica lançou um grande total de nove álbuns de estúdios. Os quatro primeiros são, acho que todos nós concordamos, absolutamente incríveis pra caralho. Quem quiser discutir esta pequena grande verdade pode silenciosamente sair da sala com o som de vergonha e ódio tocando em suas orelhinhas. Morram. Não precisamos de vocês. Fica um pouco mais complicado quando chegamos no Metallica, o Black Album, mas já que ele é quase todo bom e possui Enter Sandman, irei com felicidade ignorar o fato de que ele foi super produzido e não chega aos pés dos quatro primeiros álbuns e aceitá-lo como clássico. Até aqui, incrível. E agora? Load. Lixo do caralho. Reload.Também lixo. Tem um punhado de músicas boas ali em algum lugar, claro, mas no geral estamos falando de um par de perus aleijados com bicos cancerígenos. Então vamos para o St. Anger. Eu dei um bom review na época, estou realmente arrependido. Perdi um pouco o controle e só pude ouví-lo duas vezes antes de escrever o review. St. Anger talvez não seja tão ruim quanto as pessoas dizem….claro, como se de repente vocês fossem todos experts em bateria, puta merda….mas obviamente não é tão brilhante também. Finalmente temos Death Magnetic. Ooh, você poderia surfar até o Hawaii na onda de alívio que surgiu quando as pessoas ouviram o álbum pela primeira vez, não? E sim, é obviamente a melhor coisa que eles fizeram desde (pelo menos) o álbum auto-intitulado, mas é clássico? O caramba. Poucas faixas realmente boas e um monte de waffles mal-feitos. O instrumental dura uma semana e mesmo eu tendo ouvido 25 vezes não consigo assobiar nem um único riff. Dificilmente se trata de Seek & Destroy, não é? Exato. Então não, Death Magnetic não é um clássico. Calem-se agora. Então, é um total de CINCO clássicos álbuns do Metallica. Muito bem. É cinco a mais do que o Limp Bizkit, pra começar.

Ok, então vamos dar uma olhada no catálogo do Megadeth. Novamente, eles começaram de uma forma bem heróica. Killing Is My Business, Peace Sells, So Far So Good, Rust In Peace…cada um deles, clássicos eternos. De fato, Killing Is My Business é facilmente o melhor dos álbuns de estréia feitos pelos Big Four do thrash metal. Eu amo Kill ‘Em All mais do que amo a maioria da minha família, mas é bem menos impactante e apenas indicou do que o Metallica era capaz. O mesmo vale para Fistful Of Metal e Show No Mercy. Killing Is My Business, do outro lado, arrancou minha cabeça de pré-adolescente e usou como couro de veado no carro de músculos e entranhas espalhadas de Mustaine (eu devo ter viajado um pouco neste último). Após Rust In Peace, claro, Megadeth fez Countdown To Extinction. Imagino que haverão várias pessoas que acham que o Countdown foi “muito comercial” e “não thrash” e “várias outras coisas que só imbecis mencionam”. Todas estas pessoas são idiotas e deveriam ser mortas. Entretanto, Countdown To Extinction é uma obra-prima. Entendidos? Bom. Então, seguindo em frente para discos um pouco mais contenciosos, que tal o Youthanasia? Eu não gostei muito dele na época, mas agora eu amo. Mesmo assim, não chega perto dos cinco primeiros discos do Megadeth, então porque eu estou sendo justo (e porque eu sei o que acontece no final) não irei contá-lo como um verdadeiro clássico. Cryptic Writings? Bem, eu realmente gosto…talvez um pouco mais do que deveria…e tem Trust nele…mas…mas…não, vocês estão certos. Não é um clássico. Risk? Vá se foder. The World Needs A Hero? Quando foi a última vez que você o ouviu? Caso encerrado. The System Has Failed? Um falso despertar, se quer saber. Soou como um álbum super-penoso do Megadeth e possui alguns riffs e solos incríveis, mas no final das contas ficou faltando as músicas. Então nos sobra United Abominations. Eu dei 9/10 pra ele na Metal Hammer e mantive esta pontuação. É um disco magnífico; a combinação perfeita de Countdown e Youthanasia. Possui até um certo pedaços de thrash e a voz de Mustaine nunca soou melhor. Então você tem…até mesmo antes de eu dizer a vocês que Endgame é o melhor álbum do Megadeth desde (pelo menos) Countdown To Extinction, nós já chegamos a não-totalmente-surpreendente conclusão de que o Megadeth lançou SEIS álbuns de estúdio clássicos. Isto é uma vitória, suas putas. Uma grande e gorda ruiva vitória.

E não me venham com S&M e Garage Inc. Sim, muita diversão pra toda a família, mas eles eram uns indulgentes de uma banda rica durante um período de decadência criativa. Ótimos para os obsessivos fãs não-consigo-ver-além-do-logotipo, mas não tudo isso na luz fria do dia. Um dia, incidentalmente, que já revelou que o Megadeth possui mais álbuns clássicos. Você perdeu essa parte? Não importa. Tome como lido.

2. MUSICALIDADE

Dave Mustaine é um guitarrista melhor do que James Hetfield e Kirk Hammett. Ele pode fazer tudo o que ambos fazem, mas melhor. Você consegue imaginar Hammett tocando o rif principal de Tornado Of Souls? Ele quebraria seu dedo e se afogaria nas drogas. E não pense por um minuto que estou apenas considerando as habilidades de Mustaine neste meu claro argumento. Oh não. Voltando na história do Megadeth, é bem óbvio que todo significante membro antigo da banda era um frio arrancador de cabeças com golpes do tamanho do Brasil. Chris Poland? Mestre dos solos. Marty Friedman? Extra-mestre dos solos. Nick Menza? Jimmy DeGrasso? Os irmãos Drover? Talentos monstruosos, cada um deles. Claro, não estou dizendo que os músicos do Metallica são porcarias. Hetfield é um dos melhores guitarristas-base de todos os tempos. Obviamente. Kirk é talvez um pouco subestimado, é o bastante. Cliff Burton…bem, qualquer um com bolas grandes o suficiente para criticar Cliff Burton na minha frente é melhor estar vestindo um maldito protetor bucal. Rob Trujillo é um baixista incrível. Eu até gostei do que ele fez no Suicidal Tendencies e Infectious Grooves. Mas peso por peso? Os discos do Megadeth são mais coesos, mais precisos e mais técnicos em todos os níveis. Até em seu ápice, a atual formação do Metallica não seria capaz de tocar Holy Wars…The Punishment Due e fazê-la soar boa como é no Rust In Peace. Sem chance. E você sabe que é verdade. E se não sabe, escreva seu próprio blog. Bobão.

3. LETRAS

Independente do que as pessoas possam dizer, letras são importantes. O que uma banda diz pode não ser tão importante quanto como elas soam quando dizem, ou quantos solos incríveis elas possuem em cada música, mas o impacto de grandes letras não deve ser subestimado. Tanto Metallica quanto Megadeth obtiveram muitos pontos no início. Apesar de seus desajeitados e primitivos jeitos com as palavras, ambas as bandas iniciaram suas carreiras cantando sobre as coisas que eram importantes pra elas e, com o passar do tempo, eles amadureceram e evoluiram, se tornando muito bons letristas (e estou pensando primeiramente em Mustaine e Hetfield aqui) no caminho. Pessoalmente, eu sempre preferi as letras de Mustaine (surpresa!) mas eu fui esmagado por ambas as bandas vezes o bastante para poder dizer que as letras naqueles álbuns dos anos 80 (e em alguns casos dos anos 90) realmente me influenciaram. Então eu dou um empate, até aqui pelo menos. Infelizmente, o Metallica perdeu a linha de forma espetacular durante os anos 90. Não quero saber porque. Seja lá o que aconteceu, quando eles chegaram no St. Anger eles estavam totalmente incapazes, tanto individualmente quanto coletivamente, de escrever letras decentes. Escutem este álbum, com seu totalmente compromissado manual de auto-ajuda, babozeiras e criação de slogans copiadas e coladas com confissões constrangedoras, e se você não sentiu vergonha pelo menos uma vez, você é um robô e vou contar ao Harrison Ford. E sim, eu sei que ele é um robô também. OU É ELA???? Não importa porque mesmo que ele estivesse escrevendo letras vendado, com um cocô, no fundo do mar, Indiana Jones faria um trabalho muito melhor do que St. Anger e, me machuca dizer isso, Death Magnetic. Vocês realmente ouviram as letras desse álbum? Não, imaginei. Tão ocupados se masturbando e celebrando o retorno do Metallica ao mundo da música que não é um lixo, aposto. Não se preocupe. Irei resumir para vocês. “Boo hoo! I’m rich and messed up! And I’m overly familiar with a rather large number of clichés!” Acho que Broken, Beat & Scarred ainda diz tudo isso: “What don’t kill you make you more strong!” Gramática ruim e alerta de cliche em massa!! De qualquer forma, James, tente dizer isto ao Stephen Hawking.

Entretanto, as letras de Mustaine continuam inteligentes e ofensivas como sempre. Eu ainda não concordo com suas idéias políticas e religiosas, mas o cara escreve letras que (a) se encaixam perfeitamente nas músicas, (b) fazem sentido fora do contexto, por isso que quando você as lê no encarte do CD, você não sente pena do pobre coitado que escreveu aquilo. No novo álbum, ele canta sobre esportes automobilísticos perigosos, corrupção política, dispositivos de tortura medieval e batalhas do Senhor dos Anéis. Dave Mustaine é incrível. James Hetfield também é incrível, mas às vezes suas letras são uma droga.

4. REINVENÇÃO

Na única vez que o Megadeth tentou se reinventar, deu tudo errado. Você provavelmente nunca ouviu Risk ou, como eu, você o apagou da sua mente como se fosse um infeliz acidente envolvendo genitálias e talheres que ocorreram durante uma exploração masturbatória em um passado distante. Este é VOCÊ, incidentalmente. Não eu. Eu sou um bom rapaz Cristão. Enfim, o ponto é que Risk é largamente esquecido e o Megadeth nunca deveria ser uma banda Pop com remixagens dançantes ou refrões com apelos rediofônicos (mesmo que eles frequentemente o façam perfeitamente em um contexto 100% metal). O grande lance é que Mustaine sabia que Risk foi um erro e assume isto. A razão pela qual sua banda sobreviveu foi que ele percebeu que tudo estava decaindo e que outra pessoa estava interferindo em sua visão do que o Megadeth deveria ser. Ele mandou todo mundo se foder, puxou a rédea e tem estado totalmente recarregado desde então. Isto explicará os crescentes brilhantes discos e a total falta de filmes documentários para TV. Metallica, por outro lado, se tornou bem peculiar após o Black Album que os tornou ricos e famosos. Lars e Kirk começaram a aspirar montanhas de cocaína e de repente decidiram que seria uma boa idéia começar a tocar músicas de rock country, copiar o Corrosion Of Conformity e fingir serem gays. Então acharam que seria incrível gravar um álbum ao vivo com uma orquestra. Então acharam que seria incrível fazer um álbum com músicas escritas por um comitê e sem solos de guitarra. Eles estavam errados sobre todas estas coisas e James Hetfield sabia disso, mas na maior parte do tempo ele estava muito ocupado virando vodka e matando ursos nas florestas para fazer algo a respeito. Dave Mustaine teve sua fatia de problemas também, mas ele nunca começou a usar delineador de olhos ou colocar sêmem nas capas de seus álbuns.

5. CAPAS DE ÁLBUNS

Falando nisso, várias das capas de álbuns do Megadeth foram criadas por Ed Repka. Ele é foda. Mustaine não gosta muito dele mais, mas ainda sim o ponto é válido. Até mesmo as capas recentes do Megadeth são ok. Metallica, parece quase desnecessário dizer, teve apenas uma capa decente …And Justice For All, e foi de um álbum que parece que foi gravado dentro da bunda de Bob Rock e ninguém irá admitir ter lambido. Eu não sei o que terá nessa capa do novo álbum do Megadeth, mas eu estou pronto pra apostar pelo menos um de meus testículos que será melhor do que uma combinação caixão-sêmem-bunda.

6. AO VIVO

Fui ver o Metallica ao vivo pela primeira vez em 1988 no Hammersmith Odeon, na turnê do …And Justice For All. O Danzig era a banda de abertura. Foi brilhante e ainda nem bebia muita na época. Dias felizes. Os vi de novo no Wembley Arena em Maio de 1990. Nenhum tipo de reclamações sobre o Metallica ao vivo naquela época. E vi o Megadeth apenas uma vez quando era mais jovem e não consigo me lembrar muito bem, apenas o fato que aconteceu em Londres, que me diverti pra caralho e bebi quase o meu peso de bebida barata. Até agora tudo na mesma. No últimos anos, vi o Metallica ao vivo tantas vezes que mal consigo distinguir um show do outro com a minha memória detonada, mas apesar de ter curtido muito o show deles no Wembley em 2002 e ter amado escutar o Master Of Puppets na integra no Download Festival (onde quer que seja isso) eu não acho que são tão bons como costumavam ser. Todo mundo já sabe que o Lars não é o melhor baterista do mundo, mas pelo menos ele costumava tocar a música no mesmo ritmo. Hoje em dia as músicas mais rápidas são doidas de serem ouvidas. Assim como o último álbum deles, hoje a banda parece mais solta e chegam a soar como uma banda de garagem, mais do que costumavam no começo da carreira. Antigamente eles eram determinados e precisos. Hoje em dia continuam brilhantes, mas não chega aos pés da banda que vi ao vivo no Hammersmith ou em Wembley. Megadeth, por outro lado, parece estar cada vez melhor, melhor do que a 20 anos atrás. A última vez que os vi ao vivo, no Brixton Academy em 2008 ele foram tão fodas que acabei soltando uma gotinha na minha cueca. E enquanto o Metallica insiste em tocar as porcarias do álbuns dos anos 90, o Megadeth parece saber o que a garotada quer. E é Tornado Of Souls, porra. Vou continuar indo assistir ambas as bandas até quando continuarem a fazer turnês, e por mais animado que possa ficar, simplesmente não há comparações.

7. THRASH

Dave Mustaine inventou o thrash. Fato. Todas as melhores músicas do Kill’ Em All eram dele. Ouçam o Killing Is My Business e ouvirão ali o surgimento do thrash/speed metal. Ouça o Kill ‘Em All e vocês ouvirão apenas um pouco do que seria o surgimento do thrash metal…o pouco onde as bandas aceleravam as coisas se aceleraram mais ainda. Foi tudo idéia do Dave Mustaine. Sério. Esse é o porque o Megadeth ainda é uma banda de thrash metal. Por que é isso o que ele faz. Eu não tenho certeza do que o Metallica acha que eles são hoje em dia. De qualquer maneira, Dave Mustaine inventou o thrash. Não concordam? Uma pena. Dave Mustaine inventou o thrash.

8. TERAPIA

Não há nada de errado com um pouco de terapia. Já fiz uma vez. Resolveu meus problemas. Bom, alguns. Eu ainda mato cachorros de rua mas fora isso estou bem. No entanto, o negócio é o seguinte, não toco em uma banda de heavy metal com uma base de fãs pelo mundo todo. Não tenho muita certeza do que realmente aconteceu ali, para ser honesto. Me senti enganado. No entanto, creio que fama e fortuna tem suas desvantagens, não tem? Por exemplo, você pode ser tão podre de rico e ter o seu cérebro frito pelas luzes brilhantes do holofotes que talvez decida que seja uma idéia da hora gravar um Making Of do seu novo álbum, incluindo nele cada mínimo detalhe do que acontece por trás das cameras e então transformar tudo isso em um filme! Bem, todos já fizemos isso! Ou melhor ainda, não fizemos nada dessa merda! Acabei de assistir o Some Kind Of Monster. Deixei de lado por uns dois anos pois achava a idéia toda muito traumática, mas no final acabei me sentando e assistindo tudo até o final e achei assistível. O problema é que como fã não acho que ganhei nada vendo a banda contratando um terapeuta para ajudá-los a resolver os problemas deles. Depois de anos viajando juntos e sendo forçados a passar tempo uns com os outros faz sentido que tenha alguns problemas que tenham que ser resolvidos atrás de portas fechadas, mas porque, em nome de Jesus Cristo e dos seus igualmente discipulos imaginários, alguém iria fazer isso para o mundo todo ver? Não há nada do que se envergonhar em fazer terapia, mas não faria mal a ninguém manter um certo clima e um ar místico sobre isso. Eu já sabia que o James era uma pessoa perturbada, que o Lars era um tremendo pé no saco e que não escolheria o Kirk nem para tocar em uma banda de bar comigo, mas fazer tudo que fizeram abertamente foi demais.

Agora como vocês devem saber muito bem o Dave Mustaine está longe de ser inocentado pela sua intimidade com drogas. Após ser sacado do Metallica por ser um bebâdo raivoso com más maneiras a mesa, passou a década seguinte enfiando a América do Sul pelo nariz e injetando metade do Afeganistão nas veias. Ele pode até ser meu herói, mas ele era um maluco e deploravelmente consciente disso tudo. A última vez que o entrevistei, ele também mencionou que mexia com ocultismo. Pessoalmente acho que todo tipo de atividade paranormal e ocultismo são bobagens sem tamanho, mas não dúvido da sinceridade do Dave. Também não duvido que ele tenha gasto muito dinheiro tentando exorcisar os demônios dele, reais ou não, e que ele deve ter visitado alguns terapeutas durante esse tempo. Mas graças ao fato que nunca houve um filme do Megadeth mostrando um período conturbado na carreira da banda, com todas as explosões de raiva que possam acontecer, não possuo nenhuma imagem na minha mente do Dave sentado num sofá de couro preto, chorando com melecas escorrendo do nariz, ou dele gritando feito um demente com seus companheiros de banda numa tentaiva de acalmar 20 anos de confusões. Eu sempre penso no Dave como aquele ruivo foda de uma de minha bandas de metal favoritas de todos os tempos. Ele lidou com os problemas dele e ficou de boca calada sobre eles. Outra vitória do Mustaine então, né? Sim.

9. CABELO

Dave Mustaine ainda tem o cabelo comprido. Assim como todo o resto da banda. Isso é tudo.

10. ENDGAME

Como todo mundo, eu fiquei um pouco empolgado quando escutei o Death Magnetic pela primeira vez. Mesmo que eu não tenha me incomodado muito com o St. Anger (eu ainda digo que Sweet Amber é incrível e All Within My Hands é brilhantemente maluca), era um momento óbvio para o Metallica fazer um álbum de metal arrematador ou cair fora. Eles superaram o anterior, eu acho, e mesmo com um poquinho de vista grossa o álbum se mantem como a melhor coisa que eles fizeram em 20 anos. No entanto, a quantidade de críticas que tive que percorrer para chegar em um review que disesse a verdade sobre Death Magnetic foi algo assustador. Há pelo menos cinco ótimas músicas neste álbum, mas ele não é um clássico. Ao contrário, eu firmemente acredito que a grande maioria de gritos e festas ao redor deste lançamento foram inspiradas por uma grande sensação de alívio pelo Metallica ter feito finalmente um álbum forte novamente. Totalmente aceitável. Eu seria um infeliz, um bastardo maldoso em negar a alguém sua pequena e feliz dança para comemoar um momento tão aguardado. Entretanto, quando você compara Death Magnetic com o novo álbum do Megadeth, ele desaparece em um sopro de ar quente Dinamarquês. Simplesmente não há comparação. Endgame destrói, do início ao fim. É metal do início ao fim, e não de uma maneira caras-velhos-se-divertindo, mas de uma maneira estado-da-arte, ensine-a-estes-meninos-uma-coisa-ou-outra, venha-e-experimente-se-você-acha-que-é-metal-o-suficiente-mesmo-que-você-não-dure-nada. A banda está precisa, seja o maestria das seis cordas de Mustaine e Broderick ou na precisão de James Lomenzo e Shawn Drover, e cada uma das músicas possui pura energia e real atitude. Obsoletos? Não, senhor! Metal até o rabo? Sim por favor, e um para o cavalo! Endgame é um disco de heavy metal fantástico…um disco de thrash metal. É quase certamente a melhor coisa que o Megadeth fez desde o Rust In Peace, e pelas minhas contas isto o faz o segundo melhor álbum do Megadeth. Mesmo que você discorde totalmente com tudo o que eu disse, vocês em breve irão sucumbir à inegável verdade de que Endgame é melhor que Death Magnetic e que Megadeth em 2009 é melhor do que o Metallica em 2009. Você não pode discutir com a ciência. E eu sou um cientista, não sou? Você pode dizer que eu às vezes uso óculos quando assisto televisão e ocasionalmente pareco um pouco estranho em situações sociais. Eu sou o Johnny Ball do Heavy Metal. Eu sou King Diamond em um jaleco. Eu acabei de escrever três mil e quinhentas palavras desse lixo. Isto é o tanto que eu gosto de Megadeth. Bom dia para vocês.

– Fim do texto escrito por Dom Lawson

PARA NÃO DEFENDER APENAS UM LADO

Vale lembrar:

O Metallica veio primeiro, e basta olhar para os números. Metallica é a banda de metal mais popular no mundo, e uma das bandas mais bem sucedidas de qualquer gênero. Eles fizeram muito coisas boas sem Dave Mustaine e Kirk Hammett é um musíco muito bom. Eles trouxeram o thrash metal para as massas, e Master of Puppets é considerado um dos maiores CDs de metal já lançados. Metallica tem mostrado uma vontade enorme de experimentar sons diferentes, e não gravar álbuns que sejam apenas comuns.E sim, St. Anger não é um grande disco, mas a banda se redimiu com Death Magnetic

E você o que acha? Faça seus comentários: