Recentemente em entrevista para Associated Press, Duff, ex-baixista do Guns N’ Roses falou sobre o seu livro, sua vida atual e sobre uma possivel reunião do Guns N’ Roses, confira entrevista feita pelo Lokaos Rock Show
AP: O título do livro é ‘It’s So Easy’, e não tem sido assim tão fácil. O que tornou tudo difícil?
McKagan:
A banda começou a decolar, e mudar pra LA foi ótimo. Mas eu sofria de
ataques de pânico, ainda jovem. E eu descobri que beber aliviava os
ataques de pânico. E eu sempre pensei comigo mesmo, ‘Quando eu tiver um
tempo livre, eu vou lidar com isso,´ mas à medida que a banda começava a
pegar mais e mais força, os ataques foram piorando e piorando, e eu
estava bebendo mais e mais. E daí eu achei as drogas,
cocaína. Eu conseguia beber mais se eu cheirasse, mas a cocaína me dava
mais ataques de pânico, e era esse fluxo cáustico de ação e reação.
AP: O que fez você mudar?
McKagan:
Eu me vi no hospital. Minha mãe – eu sou o caçula de oito filhos –
tinha Mal de Parkinson na época. Ela veio pro hospital, e ela estava
sofrendo com a tremedeira do Parkinson e estava numa cadeira de rodas.
Eu sou o filho mais novo. Eu percebi ali naquela hora que a ordem das
coisas estava errada. Eu devia estar tomando conta dela.
AP: Você disse que o kickboxe fez uma reviravolta em sua vida. Como isso aconteceu?
McKagan: Eu estava muito zoado e tinha bolhas brotando na minha pele por causa das drogas
e esse técnico disse, ‘Tem alguém que eu quero que você conheça,’ e
eles me levaram pra esse dojo… ele me apresentou ao sensei Benny, e eu
me dei conta de cara que ele me sacou, por inteiro. Até hoje ele é meu
sensei, há 16, 17 anos, e eu posso te dizer sem pestanejar que eu não
dirigi mais de 500 palavras a ele.
AP: O quão confortável foi colocar sua vida em um livro?
McKagan:
Enquanto possa parecer que eu revelei muito ao escrever, você pode
revelar o que você quer revelar. Eu mantenho minha vida particular tão
privada quanto possível. Eu revelei as coisas importantes no que diz
respeito a esse livro e o tema principal desse livro.
AP: Você escreve um bocado. Como isso começou?
McKagan:
Em 2008, eu comecei a escrever pro Seattle Weekly, eu achei que eu
duraria algumas semanas e preseparia e eles iam achar outro. Mas eu
achei minha voz e gostei disso. Aquelas primeiras duas semanas viraram
quatro, e depois seis e depois oito. E agora eis-me aqui 170 semanas,
mais ou menos, depois. Depois de uma semana, o site da Playboy me
convidou para escrever uma coluna sobre finanças porque eles sabiam que
eu tinha feito faculdade de administração.
AP: Agora que você é um escritor, qual sua prioridade profissional?
McKagan
AP: Você acha que está redefinindo o arquétipo pelo qual um astro do rock é definido?
McKagan:
Eu acho que esse arquétipo foi formado, especialmente nos EUA, por
alguns figuras de outros países que se tornaram um estereótipo e um
emblema de tudo isso. Muitos dos músicos mais produtivos que eu conheço
são as pessoas mais inteligentes e sensíveis que deveriam estar
comandando o mundo.
AP: Há alguma chance do Guns N’ Roses voltar algum dia?
McKagan:
Claro que há uma chance. Eu não sei o quão real é essa chance. Não é
algo sobre o qual eu jamais escreva ou converse em casa ou com qualquer
uma das principais pessoas envolvidas, nunca.
AP: Mas você tocou com Axl recentemente…
McKagan: Apenas uma vez. Eu toquei algumas músicas e ele estava em Londres no mesmo hotel e uma coisa levou à outra.