Conforme publicado no Lokaos.Net  o jornal estadunidense Pittsburgh Post Gazette entrevistou o frontman do Mötley Crüe, VINCE NEIL para sua edição de hoje, 21 de julho, e o indagou sobre diversos tópicos sempre pendentes quando o assunto é o Crüe: a briga com o Poison, a que passo está a adaptação cinematográfica de ‘The Dirt’, os planos para um novo disco, etc.
E como sempre, Vince não sai pela tangente e armado com sua costumeira sinceridade, respondeu a tudo com franqueza e detalhes.
O que segue agora é uma tradução da entrevista realizada pelo jornalista Scott Mervis:
Vocês [Mötley Crüe] vão tocar em um local de shows novo, a Stage AR para cerca de 5,500 pessoas, então vai ser algo mais reservado.
Ah é? Seria o menor lugar que tocaremos na turnê então. Eu espero que possamos encaixar toda nossa produção lá.
Não tem havido uma grande relação entre o Motley e o Poison. Como isso tudo aconteceu?
Bem, isso não é necessariamente verdade. Era só uma coisa que o Nikki tinha com o Poison. Eu tenho sido amigo de Brett por muitos anos. Eu não tenho nada contra eles, mas por alguma razão, Nikki tinha. Eu não sei do que se trata.
As duas bandas têm se dado bem?
Bem, sim. Claro. Quando vocês estão em turnê juntos, não é como se vissem. Não ficamos numa sala grande antes do show. Chegamos lá em horários diferentes. Eu não chego até que o Poison já esteja no palco, e eles geralmente já se foram quando saímos do palco.
Você já assistiu à banda de abertura [New York Dolls] nessa turnê, e você pode me dizer que tipo de influência eles foram sobre você em sua criação?
Bem, se você ler nossa biografia, você verá que o New York Dolls foi uma de nossas maiores influências quando começamos. Nós meio que roubamos o visual deles, a imagem deles, e se você ouvir às faixas de nosso primeiro disco, você pode ouvir muito de Dolls ali. Eu vi o primeiro show de todos em Dallas [nessa turnê]. Eu achei que eles foram ótimos.
Discos não vendem muito hoje em dia, mas parece que ‘Saints of Los Angeles’ foi um sucesso. Você ficou feliz com o resultado de tudo?
Eu amo o disco. Eu acho que é um de nossos melhores discos. Nós tocamos ‘Saints of Los Angeles’ nessa turnê. As pessoas amam. Elas sabem a letra e tal, então foi um bom disco. Agora é hora de seguir em frente.
Vocês nunca tiveram os críticos do lado de vocês, mas parece que eles estão passando aos poucos pro time de vocês..
Ah, eu não sei. Alguns sim, outros não. Alguns são sempre os mesmos. A banda tem tocado maravilhosamente toda noite. Não tivemos nenhum show ruim. Mas você sabe, as pessoas sempre querem escrever merda sobre nós. E é desse jeito Ninguém da banda ta pouco se fudendo sobre o que os críticos têm a dizer, porque, na verdade, trata-se do que os fãs dizem.  Você tem essas redes sociais – Twitter e Facebook – onde milhares de pessoas dizem que somos um show incrível, que soamos muito bem, e é isso que importa. Não algum idiota que nem foi ao show, mas escreve uma resenha sobre ele e como o show foi péssimo.
Vocês vão tocar nessa casa de shows uma noite depois do Slayer. Nos anos 80, vocês dois foram alvos do PMRC [Parents Music Resource Center]. Como você olha pra isso hoje em dia, e no final isso acabou ajudando vocês, mais do que prejudicando?
Bem, com certeza. Uma vez que tínhamos aquele adesivo do PMRC no disco, as vendas dispararam cem por cento. Então eles na verdade pioraram a coisa, porque os jovens queriam comprar qualquer coisa com um aviso. Isso na verdade ajudou as bandas.
Há planos pra um próximo disco?
Bem, vamos estar em turnê até o outono do ano que vem. Nós acabamos de começar. Estamos na estrada faz três meses. Temos muito pela frente, então o disco é a última coisa em que estamos pensando agora.
Tem alguma coisa rolando com o filme baseado em ‘The Dirt’?
Não temos nada a ver com aquilo. Ele foi comprado pela Paramount Pictures quando o livro foi lançado. E tem mais de 10 anos. Se eles decidirem fazer um filme, fizeram. Se decidirem por não, então não. Isso não está sob nosso controle faz anos. Se eles o fizerem, ótimo, se não, eu não me importo. Não faz diferença pra mim.
Do modo que as turnês rolam agora, em termos de comportamento nos bastidores, haveriam coisas que seriam acrescentadas a ‘The Dirt’?
Você está comparando coisas que aconteceram quando nós éramos uma banda iniciante. É isso que as pessoas parecem esquecer. Todas as bandas principiantes fazem exatamente a mesma coisa que fazemos em ‘The Dirt’, mas as pessoas amam o fato de termos falado sobre isso. Você não pode achar que isso ainda acontece. Nikki tem filhos, Tommy tem filhos. É diferente. O que importa é estar no palco, mas não o que fazemos depois do show.
Você está tão animado em estar excursionando como sempre esteve?
Ah sim. Mesmo quando o Mötley não está na estrada, eu estou com minhas bandas solo, então eu realmente não tenho tirado férias desde, tipo, 2003. Eu amo a estrada.
Eu soube dessa história a respeito de que você fez comentários críticos sobre Nikki em seu livro, e daí ele twittou que você não teria escrito o livro. O que rola com isso?
Não, não rola nada, porque é a primeira vez que ouço falar nisso. Obviamente, você não pode escrever um livro sem escrevê-lo. Me entende?
Alguma coisa lhe vem à mente sobre tocar em Pittsburgh?
É sempre uma excelente platéia. Nós sempre nos divertimos muito. Eu amo a cidade. Eu acabei de estar aí fazendo algo logo antes de entrarmos em turnê. E eu sou torcedor do Steelers, então, é isso. Eu na verdade estive aí na noite da grande tempestade com os Dolphins jogando. Eu ia cantar o hino nacional naquela noite.
Como você se tornou torcedor do Steelers?
Eu apenas gosto do time. Eu sou fã do Steelers e do Miami. Sendo de Los Angeles, não há realmente um time pra se torcer. E eu moro em Vegas, então, uh, tenho sido torcedor já faz um tempo.